Fazer Fantoches, como forma teatral, é uma arte que tem de ser valorizada. Fazer um Fantoche não requer obrigatoriamente o estudo de Belas Artes, mas, requer imaginação, criatividade e principalmente o conhecimento de certas técnicas.
Pretendemos com estes Workshops dar Inicio às Marionetas ensinando algumas técnicas bases de construção e manipulação de fantoches, que posteriormente poderão aprofundar.
Tradicionalmente, os fantoches distinguem-se em 2 grandes famílias:
1) FANTOCHES MANIPULADOS POR CIMA
- Fantoches de Varão: Bonecos articulados cuja manipulação se faz por meio de uma haste plantada na cabeça; às vezes, vêm juntar-se-lhe fios em número reduzido; o tamanho destes fantoches varia entre 0,40m e 1,50m e mais. Os principais tipos europeus pertencentes a este género são fantoches sicilianos, de Liàge de Amians e, de Santo Aleixo (Alentejo).
- Fantoches de Fio: Bonecos articulados, comandados por fios de número variado, ligados a um comando simples ou complexo, chamado Cruz ou Estrela (Cruzeta), podendo atingir uma extrema perfeição técnica como testemunha o célebre “Ensaio sobre Fantoche” de Kleist. Encontram-se fantoches de fios desde a Antiguidade; parecem derivar directamente da estatuária animada.
2) FANTOCHES MANIPULADOS POR BAIXO
- Fantoches de manga ou luva: São compostos por uma cabeça e braços armados sobre uma manga de tecido, dentro da qual se enfia a mão do manipulador. Sobre esta manga está fixado o fato correspondente ao personagem. É uma das formas mais conhecidas, como os nossos Robertos. Este boneco fica dependente da mão e geralmente da manipulação de um único manipulador. Para a escultura da cabeça e das mãos são utilizados materiais diversos, tendo por muito tempo sido madeira o mais vulgar; mas o papel, o pano, a cerâmica, a cera, o barro e, agora, os materiais modelados, a esferovite, a espuma, esponja, poliéster, e outras pastas. Os principais tipos de mangas (bainha ou luvas) são, na Europa, a leonesa, a italiana, a espanhola, a russa e a inglesa; essas mangas determinam posições diferentes da mão do manipulador. Este tipo de fantoches foi utilizado por Guignol, Kasperl, Punch, Petruchka.
- Marottes: são bonecas antigas armadas sobre um pau; o corpo, de pano, esfoaça em redor. (Bastão que tem na extremidade uma cabeça coberta por um capuz de todas as cores e guarnecido de guizos, o símbolo da loucura). Este tipo de fantoche conhece um renascimento certo entre as técnicas actuais. Existe uma forma de “marotte” montada sobre um meio-bastão, onde a mão do manipulador aparece como a mão da boneca e, muitas vezes, através da luva ou uma “mouffle” (luva só com um polegar). A este género ligam-se fantoches muito antigos: os “lilekis” eslovacos, bonecos construídos segundo a forma provavelmente inspirada no espantalho.
- Fantoches de haste: São bonecos construídos sobre um pau, tendo os braços animados por varetas; conhecem múltiplas formas mais ou menos complexas; as mais célebres não são as europeias; são os fantoches de Java. Na Europa, Sergei Oblaets (em Moscovo) levou muito longe o aperfeiçoamento deste tipo. Certos dos seus bonecos necessitam de três a quatro manipuladores.
- Fantoches de mesa: São bonecos manipulados por extensões de arames presos na cabeça, braços e pés, dando ideia que se movem sozinhos sobre uma superfície.
Sou a Bruna Ferreira, gostei muito do seu artigo tem muito
conteúdo de valor, parabéns nota 10.